VOCÊ CONHECE?

Aluna: Anelice Schmidt Ferreira

RU: 1137653

Polo: Barcarena

Data: 30/08/2017

                                                                           

                                           

Fonte: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.handtalk&hl=pt_BR

          Na cidade de Serro do Rio Largo, a professora Lídia do 5º ano tem surpreendido por fazer uso do celular em sala de aula, recorreu ao aplicativo Hand Talk, criado para quem possui problemas auditivos, e foi reconhecido pela ONU em 2013, como melhor aplicativo social do mundo.  Fez uso na disciplina de Língua Portuguesa, para que os alunos leiam o texto e façam a interpretação do mesmo. Possui o personagem Hugo (imagem a cima), como tradutor de texto e áudio para Libras.

          Para a professora, este aplicativo proporcionou grandes avanços na comunicação entre ela, os alunos e intérpretes, além de reforçar o vocabulário dos alunos, tornando-os mais aptos para avançar na sua vida acadêmica. Promove uma interação mais completa com os colegas. As desvantagens foram o tempo gasto na pesquisa do aplicativo, a colocação nos celulares dos alunos que necessitavam do mesmo, e a curiosidade dos demais, sendo que houve a necessidade de uma explicação a todos sobre a importância e o benefício que o aplicativo traria aos colegas que fariam uso do mesmo e aos demais que indiretamente seriam beneficiados por poderem comunicarem-se de forma mais compreensível a todos.

          O Brasil possui cerca de 10 milhões de pessoas, cerca de 5% da população com deficiências auditivas, de acordo com o censo realizado pelo IBGE em 2010. Em outra pesquisa realizada pelo IBGE no ano 2000, observa-se que a população de surdos com idade escolar ultrapassava os 350.000, 10 anos depois o Censo Escolar apontou que apenas 70.000 estavam devidamente matriculados nas escolas. Com estes dados pode-se pensar que ainda há grandes empecilhos que afastam as crianças e adolescentes das escolas, podendo estes ser pelas dificuldades de autonomia individuais, falta de interesse por não se sentirem participantes da rotina da escola na sua forma integral, distância da escola e falta de alguém que os acompanhe até a mesma, falta de formação continuada para os professores que encontram-se muitas vezes despreparados para atender tal demanda, falta de recursos adequados, falta de um intérprete, inexistência de um diagnóstico que apresente as reais necessidades do aluno.  

          Com o aplicativo todos os alunos podem usufruir de um contato e uma interação maior com todos os membros da comunidade escolar, deixando de serem meros expectadores para serem participantes ativos do processo de aprendizagem. Mas para que de fato esta valiosa ferramenta possa ser implementada, é fundamental que toda a sociedade se mobilize para a concretização da mesma. Os custos não são tão elevados o que facilita, porém se não houver um real interesse em articular e promover a efetivação deste aplicativo pode ser apenas mais uma boa ideia que surgiu.